Brasil sobe no ranking mundial de dados abertos do Open Data Inventory (ODIN)

A Diretoria de Informática do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) participou da revisão do Open Data Inventory (ODIN) para o biênio 2020-2021. Trata-se de um relatório emitido pela Open Data Watch, organização internacional sem fins lucrativos que busca melhorias nos sistemas de dados dos institutos oficiais de estatística ao redor do mundo. Na revisão do biênio 2020-2021, o Brasil obteve 62 pontos e subiu para a 47ª posição no ranking mundial.  Em 2018, quando obteve 54 pontos, o país ocupava a 57ª posição.

De acordo com a gerente de Prospecção e Novas Tecnologias da Diretoria de Informática (DI) do IBGE, Patrícia Tavares, foram revisadas todas as categorias de uma planilha enviada a eles pela organização. “Informamos os acessos aos dados por meios de links tanto para o site do IBGE quanto para o Portal ODS Brasil. Isso foi fundamental para avançarmos no ranking”, conta.

O inventário fornece um panorama da oferta de dados abertos em 187 países. São 22 categorias de dados, agrupados em estatísticas sociais, econômicas e financeiras e ambientais. As pontuações vão de 0 a 100, sendo esta a nota máxima para quem tem o melhor o desempenho em dados abertos. “Eles têm indicadores próprios e verificam pontuações relacionadas à cobertura dos dados nos países, por exemplo, se divulgam dados de mortalidade infantil ou de meio ambiente”, explica a gerente.

Além da cobertura, a organização verifica também a abertura dos dados, ou seja, se os órgãos oficiais de estatística disponibilizam dados abertos. Patrícia explica que dados abertos são aqueles que estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou registro.

“São aqueles que estão disponíveis na Internet para download, mas isso vai além da questão de disponibilidade. Os dados são abertos quando qualquer pessoa pode livremente acessá-los, utilizá-los, modificá-los e compartilhá-los para qualquer finalidade; tudo isso, é claro, garantindo a confidencialidade e preservando o sigilo das informações prestadas pelos nossos informantes. Por fim, os dados não podem estar sujeitos a restrições por regulações de direitos autorais, ou seja, não deve precisar de programa específico instalado para ter acesso aos dados”, completa.

A gerente ainda acrescenta que no inventário, que é composto por 71 indicadores, a organização questiona se o país oferece uma determinada informação. “Ao responder, nós mostramos o que está disponível, o link de acesso e se o dado é aberto”, diz.

Segundo ela, o portal ODS Brasil foi importante na revisão do inventário. “Alguns indicadores eram equivalentes aos dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e os indicamos com link para o portal. Então, algumas lacunas que não estavam preenchidas na última revisão, foram preenchidas agora com a divulgação do portal”, diz Patrícia.

O IBGE também disponibilizou o Plano de Dados Abertos para o período 2020-2022. Esse documento norteia as medidas de implementação dos processos institucionais de disseminação, manutenção e atualização de dados abertos. Seu objetivo é promover a cultura da transparência das informações e a prestação de serviços públicos, a partir do acesso aos dados publicados pelo instituto.