Seminário internacional prepara lideranças para futuro sustentável na Enap

A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) sediou de 4 a 6/12 o seminário internacional Liderança para um Futuro Sustentável. O evento teve o objetivo de aperfeiçoar a capacidade de altas lideranças do Poder Executivo e do Poder Judiciário (30 lideranças participaram) em promover abordagens inovadoras e transformativas necessárias para ambientes multidisciplinares e complexos.

O conteúdo do curso está ligado à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, com o foco na preparação de altas lideranças a pensarem o futuro sustentável e ações a serem incluídas na agenda governamental. Além de especialistas brasileiros, participaram do curso cinco professores internacionais.

 

O que pensam os organizadores

Ao dar as boas-vindas aos participantes, Diogo Costa, presidente da Enap, disse que às vezes vivemos uma crise invisível quanto ao crescimento. “Mas é importante que o progresso ocorra, porque o crescimento de um ponto percentual no PIB faz uma grande diferença, ao longo de um século é a diferença de três vezes a renda per capita. A gente precisa de mais recursos para resolver problemas como o das doenças que ainda matam crianças brasileiras. Mas é preciso também que tais recursos sejam produzidos de forma sustentável”.

 

Nicky Fabiancic, coordenador Residente das Nações Unidas no Brasil

O representante da ONU disse que a Agenda 2030 respeita a soberania dos países, para que definam quais objetivos e metas são mais adequadas às suas realidades internas. Não é uma agenda nem de esquerda, nem de direita. Propõe-se a ser uma ferramenta de planejamento estratégico, monitoramento e avaliação por meio de suas metas e indicadores para que os países estabeleçam suas políticas públicas.

 

Ieda Nogueira, diretora de Relações com Organizações Internacionais e Organizações da Sociedade Civil da Secretaria de Governo da Presidência da República.

É importante a participação de representantes de diferentes órgãos no curso, cujas diferenças de vida, história e posicionamento institucional devem servir de estímulo para a conversa e o entendimento sobre a Agenda 2030.

 

Maria Tereza Gomes - Conselho Nacional de Justiça

A agenda 2030 é de direitos humanos, tema com o qual o Judiciário lida cotidianamente. Recentemente o CNJ aprovou mais uma meta, de integrar a Agenda 2030 ao planejamento do Judiciário brasileiro. O propósito é saber quais são os grandes temas que tramitam para reduzir a agenda de processos e trabalhar na prevenção.

 

Luiz Philippe de Mello Filho, ministro e diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho

Todos os objetivos e metas da Agenda 2030 são integrados, indivisíveis e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: o econômico, o social e o ambiental. Diante de um projeto civilizatório para a humanidade, não podemos, como diretores de escolas públicas, ignorar esse chamado da mais alta relevância para o futuro de todos.

 

Lutz Morgenstern, secretário de Assuntos Ambientais da Embaixada da Alemanha

A Agenda 2030 traz oportunidades excelentes para criação de valor, para a sustentabilidade econômica e para a justiça social. Soluções técnicas existem. Precisamos combiná-las e integrá-las de forma sistêmica. O engajamento do setor privado e parcerias com outras partes interessadas terão papel importante. Espero que nos próximos três dias tenhamos debates encorajadores.

 

Instituições parceiras

O curso internacional Liderança para um Futuro Sustentável é fruto da parceria entre Enap, United Nations System Staff College – Knowledge Centre for Sustainable Development (UNSSC), governo alemão, Conselho Nacional de Justiça e Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho – Enamat.

 

 

Da Enap (5/12/2019)